domingo, 31 de outubro de 2010

O coração vive de amor

Nenhum coração vive sem a sua origem.
Nenhum coração vive sem sede.
Nenhum coração pode viver sem a fonte que lhe sacia a sede na justa medida em que lhe provoca mais e mais sede até mergulhar definitivamente na fonte.
A sede do coração é da mesma natureza do coração,e por isso ele deseja o que lhe pertence.
Do coração é o amor e só de amor pode viver.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Vida é uma experiência

Viver não é passar o tempo nem deixar correr os dias e os acontecimentos.
Viver é uma experiência e a Vida será tanto mais abundante quanto mais abundante, rica e profunda for a experiência.
Falo de experiência no singular.
A Vida é uma experiência e o seu sentido será o quanto conseguirmos que essa experiência seja válida e profunda.
Não se mede pelo que alcançamos, pelo que acumulamos nem pelo que sabemos , mas pelo que experimentamos.

Os aventureiros do Ser

O profundo é desconhecido e, por isso, assustador.
Só mesmo os aventureiros, os que fazem da Vida uma busca é que são capazes de se lançar e descer às profundezas da existência para chegar a ser.
São exploradores do eu, do interior.
Correm riscos?
Sim, mas riscos que valem a pena por causa dos tesouros escondidos que trazemos dentro de nós.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Voz Interior

A voz interior não fala por palavras,mas na linguagem do coração.
É como um oráculo que só fala a verdade.
A voz interior mergulha profundamente nas emoções e ressurge para lançar-se em direcção ao céu, como dois golfinhos a dançar na água da Vida.
Há momentos nas nossas Vidas em que muitas vozes chamam em várias direcções.
A confusão que sentimos nessas ocasiões é um aviso para que escutemos a nossa verdade interior

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Peter Pan dixit

Quando se sentirem em baixo pensem numa coisa boa e num instante voam...pois é , até o Peter Pan conhecia o segredo de como voar... ;-)

Perspectivas

Sei que isto é um «lugar-comum» , mas a verdade é que a Vida é bela.
Basta que a vejamos do ângulo certo. :-)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Confiem apenas

Confiem apenas.Confiem nas palavras que já estão escritas na imensidão do tempo cósmico, confiem que tudo ficará bem, não se questionem como nem quando.
Vivam e sorriam para a Vida que a Vida vos sorrirá. :-)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Intuição

Quando gostamos de nós próprios de verdade passamos a ser a nossa própria autoridade e conseguimos ouvir a sabedoria do nosso coração.
É assim que Deus fala connosco , é a isso que alguns chamam intuição.

domingo, 24 de outubro de 2010

«Comer,Orar e Amar» ou a simplicidade feliz segundo Ketut

O país que visitei na minha última viagem tem-me feito pensar muito em como seria maravilhoso viver de forma simples , num lugar aberto, pleno de azul, abrigado das loucuras do mundo.

Esta reflexão foi acentuada com a visualização do último filme de Julia Roberts «Comer , Orar e Amar» onde , Ketut ,o sábio desdentado , nos oferece uma magnifica lição sobre o conceito de equilibro e simplicidade no viver.

Todos os dias imagino que bom que seria podermos conversar com as pessoas sem pressa, vivermos sob a égide do equilíbrio, e assumirmos o nosso próprio tempo sem a tensão e o peso dos compromissos formais , olharmos o céu, conversarmos com as estrelas,caminharmos nas ruas sem termos que nos desviar das pessoas frenéticas ,e principalmente acordarmos de manhã e descobrirmos, no coração, uma paz insuspeita e plena.

Eu já consegui viver maravilhosas experiências de equilíbrio e sabedoria. Cresci muito como ser humano, mas sei que ainda estou longe de cruzar completamente o implacável rio das insatisfações humanas, atingindo a outra margem da existência.

A Vida simples. Onde é que ela está? Em que esquina, em que país?

Mais do que isso: Onde, no nosso ser, habitará o espaço livre das dúvidas e incertezas.

É que a complexidade somos nós mesmos que criamos. Ela é inerente à inquietude do espírito humano ,mais do que isso , ela pertence à inquietude da faceta egoísta e diferenciadora da mente humana.

Houve um tempo em que eu imaginava que ter uma Vida simples correspondia a um acto de despojamento material, um abandono das vaidades e apegos, uma opção por menos responsabilidades e compromissos. Mas aos poucos, percebi que a simplicidade no viver radica em algo muito mais simples.

A simplicidade no viver habita o cerne das nossas escolhas, das nossas opções.

Obviamente que estou ciente que as nossas rotinas , os nossos vícios de hábito têm um papel extremo no modo como escolhemos. E é evidente que tais vícios determinam boa parte de nossa busca por uma verdadeira qualidade de vida. Contudo, justamente por isso é preciso apreender melhor o sentido de nossas escolhas, depurá-las e erradicar da nossa mente as decisões ignorantes.

Mas, quando chego a este ponto, começo a questionar-me se não estou novamente a complicar demais?

O facto é que é difícil no dia a dia fazer escolhas conscientes pois a Vida, sob todos os aspectos, é regida pelo império dos sentidos. Cada detalhe das nossas experiências está fundado em sensações, nesse manancial de estímulos que constrói todo o nosso universo pessoal de experiências.Não será exagerado afirmar que a Vida existe por força das sensações. Olhamos, cheiramos, tocamos, ouvimos, experimentamos. São estas a portas pelas quais a Vida penetra na mente e no coração, criando condições para que desejos, ambições ou conceitos determinem o grau de complexidade ou de simplicidade da nossa Vida..

Eis porque todos os seres, invariavelmente, são caçadores de sensações.

Vejamos: O que é que estimula mais a maior parte das pessoas do que o sucesso pessoal, profissional , material e o prazer inerente e inebriante de orgulho, sucesso, poder, beleza, gozo diante da Vida?

O problema é que a maior parte das pessoas confunde o sucesso com felicidade…

Mas não é bem assim.

Na verdade a maior parte das pessoas confunde a felicidade com a concretização do desejo de experimentar o sucesso nas relações pessoais , na profissão , riqueza material e no usufruir das melhores sensações. É precisamente esse erro que determina todo o complexo de insatisfação em que a maior parte das pessoas vive, apesar de irem vivenciando alguns momentos de êxtase e alegria nas suas Vidas.

Mas, então, quando é que a felicidade se traduz na tal Vida simples, se o próprio prazer de «simplesmente ser» fazer parte do inesgotável rol de de sensações?

Ainda não consigo responder com segurança a esta pergunta existencial , mas já adquiri maturidade interior suficiente para acreditar que a resposta está no equilíbrio entre aquilo que sentimos e o modo como escolhemos senti-lo.

Neste ponto aconselho todos a irem ver o filme «Comer ,Orar e Amar» onde de forma magistral o desdentado sábio indonésio Ketut ensina a personagem central do filme a optar sempre pelo equilíbrio entre o que o seu coração sente e a forma como optou viver após uma enriquecedora experiência espiritual num retiro na India.

O filme é uma verdadeira lição em como , apesar das perdas e tristezas, a despeito dos fracassos e desânimos, todas as nossas experiências emocionais são importantes e decisivas na forma como amadurecemos e gerimos as nossas expectativas e a nossa determinação para viver realmente com plenitude , coerência e sabedoria.

Contudo , a maior parte de nós desconhece que a maior fonte de bem estar e felicidade está na valorização consciente das mais sensações mais simples, e não daquelas mais elaboradas.

Ketut era simples mas feliz. Quando Julia Roberts lhe perguntou se não gostava de andar de avião ele respondeu com um sorriso gigantesco e com uma simplicidade feliz que não podia andar de avião «porque era desdentado».

A Vida simples apresenta-se como uma opção válida por contraponto à futilidade do mundo consumista em que vivemos em que a sociedade moderna valoriza excessivamente um ideal de sucesso distorcido , e em que poucas são as pessoas que compreendem que a realização pessoal é algo que vai além das experiências sensoriais imediatas, tremendamente excitantes, e definitivamente complexas de poder, beleza, fama e conquista social.

Pessoalmente tenho aprendido imenso com os erros e com os acertos na minha própria Vida, e procuro neles o elemento essencial da felicidade.

Enquanto procuro viver de acordo com este principio de aprendizagem permanente , vou logrando alcançar o ideal de viver livre e em paz comigo mesmo que hoje associo ao tal conceito de Vida simples.

Creio firmemente existir uma saída para a angústia e a miséria da alma humana, as quais contribuem para que tantas pessoas passem pela existência completamente iludidos pelas mais variadas formas de paixões, apegos, vícios e loucuras.

Considero que há como superar a premente necessidade de viver sob o peso das responsabilidades materiais, o medo da solidão, a preocupação com as contas, a valorização exagerada dos relatórios de trabalho ou a ascensão na empresa. Mais ainda, penso que existe um meio de se viver feliz, simplesmente.

Uma ilha paradisíaca , mar cristalino , temperaturas quentes , flores deslumbrantes , praias de areia branca…

Quantos de nós sonham com isso para o seu dia a dia? Muitos, com certeza.

Depois da minha última viagem eu ouso dizer que a maioria dos que sonham com a paz de uma vida materialmente simples num ambiente paradisíaco dificilmente aguentaria viver nesse ambiente despreocupado por muito tempo.

É a tal inquietude permanente nas nossas almas, e até mesmos mais sintonizados com o ideal de paz e serenidade sofrem com a insatisfação e com anseio pela excitação do mundo.

Então como alcançar uma Vida simples?

Volto a insistir que a resposta a esta pergunta não passa então por lograrmos ganhar o euromilhões e passarmos a viver numa ilha paradisíaca sem preocupações mundanas, mas antes por sabermos entender as nossas escolhas de forma realmente profunda, sábia e sem conflitos.

É a mente portanto que abriga a chave de nossa felicidade. E é a mente que nos pode conduzir à compreensão suave e simples das circunstâncias que regem o nosso quotidiano como ensinava o desdentado Ketut em «Comer ,Orar e Amar» .

Ketut sabia e eu também sei que o mais valioso dom da simplicidade habita no nosso coração, e que será através das nossa próprias superações pessoais que ele será realizado.

A busca de uma Vida simples é uma cura. E através desta cura, saberemos compreender o mundo de uma maneira tão universal e completa que, finalmente, atingiremos o ponto de equilíbrio, o centro da roda sempre implacável da existência, que gira incessantemente para todos os seres e coisas do Universo.

Não há simplicidade mais completa além daquela que se realiza e concretiza na felicidade do coração.

Essa foi a maior mensagem de Ketut em «Comer , Orar e Amar».

sábado, 23 de outubro de 2010

Recusar não viver

Recusem viver a dualidade entre viver e não viver, de ser e nunca chegar a ser, de estar e nunca aparecer, de amar e ficar sós.
Não se deixem fragmentar, não permaneçam na não existência dentro de uma existência ilusória.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Há sempre esperança dentro de nós

Independentemente de todas as coisas que a Vida leva e traz, há sempre ,dentro de nós, um chamamento à esperança.
Não é uma esperança cega, louca e sem sentido, mas sim esperança inteligente de quem vê o que não tinha sido visto até então.
É a resposta a todas as provocações da Vida que, em avisos permanentes, nos mostra a grandeza na fragilidade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pecadores e Abençoados

Para mim pecadores são aqueles que não celebram o dom de estarem vivos.
Para mim,a celebração do milagre de vivermos é a virtude das virtudes.
Abençoados são aqueles que permitem a si mesmos serem contagiados com a alegria de viver,com o amor e com a paz.

Karma


Quando alguém me voltar a pedir para explicar o que é o karma vou mostrar esta imagem.
Quando agimos essa acção volta fatalmente para nós próprios.
Movemos a primeira pedra e última cai em cima de nós.
Cuidado com o que fazemos. ;-)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A fonte da serenidade

O mais alto grau de paz interior decorre da prática do amor e da compaixão.
Quanto mais nos importamos com a felicidade de nossos semelhantes, maior o nosso próprio bem-estar.Ao cultivarmos um sentimento profundo e carinhoso pelos outros, passamos automaticamente para um estado de serenidade.
Esta é a principal fonte da felicidade.:-)

Encontros...

Há encontros na Vida que exigem um antes,uma evolução interior e anseio da alma.
Tais encontros,quando acontecem,dão-se logo nas coordenadas do coração da mente,da vontade e da liberdade.
Vão além de todas as nossas experiências passadas,além de todas as palavras, de todos os gestos, depois de todas as visões.
São encontros para além do tempo e do espaço pois não têm fim, ganhando asas de eternidade.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Reciclar as emoções negativas

Se encararmos as nossas emoções negativas com cuidado e não com violência, podemos transformá-las em energia saudável e com capacidade de nos nutrir.
Através da observação consciente, as nossas emoções negativas e desagradáveis podem ser muito esclarecedoras para nós, proporcionando-nos revelações e compreensão a respeito de nós mesmos e da Vida

A alienação da posse

Viver livre é não colocar um eu em nada, perceber a unicidade e interdependência de tudo, não colocar o nosso eu, o meu, nas coisas e nas pessoas.
A alienação passa pelo peso excessivo do sentido de posse, com o erro da ampliação do eu.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vida simples e serena

Ter uma Vida simples e serena não tem nada a ver com se ser varredor de rua ou presidente de uma multinacional.
Ter uma Vida simples e serena depende apenas das nossas escolhas.
É apenas em função das nossas escolhas que nos podemos tornar varredores de rua mesquinhos ou empresários corruptos.

Praticar o Silêncio

O silêncio conduz à Unidade.
Praticar um pouco de silêncio no nosso dia a dia acalma o ritmo dos nossos ventos interiores e acalma as reacções impulsivas.
Outras portas abrem-se, a nossa intuição ganha espaço e a verdade salta aos olhos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Reciprocidade = humanidade

A verdade é que cada um é o que é na medida em que se relaciona e se dá ao outro.
O sermos pessoas nasce exactamente desta consciência.
Quando mais nos damos ao outro tanto mais somos pessoas.
Quer isto dizer que precisamos dos outros para sermos pessoas.
Eu preciso do outro para ser eu próprio.
Mais.Na relação de reciprocidade cada um de nós é o que é na medida em que faz o outro ser.

domingo, 3 de outubro de 2010

Deus está dentro de nós

Ao controlarmos o poder do nosso ego caminhamos para a descoberta da nossa verdadeira natureza ,para a iluminação.
Para tal não é necessário envolvermos uma divindade ,não precisamos de mandamentos, nem do conceito do pecado, nem de salvadores, nem de castigos ou prémios divinos.

sábado, 2 de outubro de 2010

A Vida é o nosso Mestre

A Vida ensinou-me que estamos sempre a começar e que é preciso continuar sempre.
A Vida ensinou-me ainda que da ruptura nasce inevitavelmente um caminho novo ,que da queda nasce um passo de dança ,do medo uma escada ,do sonho uma ponte , e da procura um encontro.
A Vida é o nosso mestre.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Derrubar o muro rumo à serenidade

Se formos totalmente o que somos, a cada segundo, começamos a sentir a Vida como algo feliz.
Entre nós e uma Vida feliz está um muro construido com os nossos pensamentos negativos, pela ansiedade com que gerimos as nossas expectativas e os nossos receios.
Que tal demolir esse muro e rumar á serenidade?

Sintonia da serenidade

Viver serenamente é viver em total sintonia com a Vida , na plena confiança de que tudo o que nos chega é uma dádiva com um propósito especifico.
É confiar na Vida sabendo que tudo o que sentimos e sonhamos se pode tornar verdade.
Basta pedir uma vez e agradecer muitas. :-)