sexta-feira, 31 de julho de 2009

Vigiar a Mente

Ser Vigilante significa estar totalmente ciente da forma como reagiremos àquilo que entra em contacto connosco.

A Vigilância permite-nos perceber que tudo o que vem de fora de nós só tem existência porque se manifesta em nós sobre a forma de sensações , emoções e pensamentos.

No fundo , é como se fossemos testemunhas dos nossos pensamentos , como se visualizássemos os nossos pensamentos. Por ex: quando dizemos para nós próprios. «Olha , lá vem uma impaciência.» «Olha , lá vem uma tristeza» . Antecipamos as nossas emoções em função do estímulo exterior mas não nos deixamos manipular por essas emoções.
Ex: Vou no trânsito e um condutor apressado e mal educado apita e faz um gesto grosseiro quando me ultrapassa. Eu penso: «Eis uma situação que me irritaria profundamente se não estivesse vigilante». Vizualizo essa irritação que chega mas não me deixo manipular por ela.

Quando não somos Vigilantes transformamo-nos apenas numa amontoado de emoções e pensamentos que se sucedem numa cadeia de acção e reacção sem qualquer consciência de nós mesmos.

No dia em que assumirem a convicção que devem ser vigilantes da vossa mente , vocês tornar-se-ão vigilantes da vossa mente , e um processo que ao principio custa a concretizar acabará um dia por se transformar numa mecânica automática e instintiva de auto defesa.
Na etapa seguinte deixa de haver uma avaliação permanente do que são momentos bons e momentos maus , momentos importantes ou momentos insignificantes.
Chegamos a um ponto em que cada instante é pleno e perfeito.

A Questão Fundamental

A Questão Fundamental:
Que é que você quer? Quer abraçar uma aventura que a história da humanidade nos apresenta como a maior das aventuras , a aventura que conduz à Paz de Espírito para além de todas as crenças e de todo o sofrimento? Prefere viver o caminho ou apenas sonhá-lo? Quer ou não quer fugir da jaula estreita em que se auto confinou e que julga ser o universo?

O Amor é Cego?

Hoje vi um casal apaixonado que chamava a atenção pelo facto dela sofrer de uma obesidade desmesurada.
Quem estava comigo disse:«O amor é cego».Eu retorqui:«Não será o contrário?» O que é que permite descobrir a beleza por detrás daquela fealdade?O que é que permite ver a beleza interior por detrás de cada olhar? Não será afinal a «cegueira» do Amor a visão mais clarividente?

O Amor está em vias de extinção?

Hoje num café ouvi um grupo de adolescentes (eles e elas) falar de sexo.Falavam como se fosse um divertimento agradável que não implica nenhum compromisso especial. Estes neohumanos (como os apelido) despem cada vez mais a sexualidade de qualquer conotação afectiva,reduzindo-a a um mero divertimento.
As gerações mais novas estão a caminho de extirpar dos seus corações um dos mais velhos sentimentos humanos.O Amor.

Liberte o potencial da sua mente

Se conseguissemos ouvir a nossa mente a tagarelar constatávamos que a maior parte dos nossos pensamentos diários reduz-se ao que devemos ou não fazer perante cada circunstância pontual da vida pessoal e profissional e às consequências que podem advir de uma opção bem ou mal tomada.
Ou seja , com mais frequência do que seria desejável a mente mantém o nosso potencial mental preso numa camisa de forças

Afaste a angústia

Viver supõe uma certa angústia? Além de ser uma sensação que esgota a vida é uma reacção condicionada fruto da nossa própria criação.
Trilhamos um caminho que já foi percorrido por muitos antes de nós.
Podemos não ter sempre o que desejamos,mas teremos sempre aquilo que necessitamos.
Esta é uma das maiores lições da Vida.
Não deixe que a angústia ensombre a Vida.

Transformação Pessoal não é um desporto radical

Muitos que me abordam manifestam o seu desânimo pelo facto do esforço de disciplinar a mente ser moroso e recheado de retrocessos.A transformação pessoal não é um desporto radical ,uma corrida contra o tempo , nem pode ser o produto de um esforço frenético.
Quem não conseguir manter a serenidade face ao mistério da Vida, saboreando e desfrutando cada pequeno passo desse desenvolvimento ,arrisca-se a viver angustiado.

Retribuir da Honra de Vivermos

Já reflectiram na sorte de terem nascido para a Vida como humanos num universo de milhares de seres vivos sobre a Terra?
A Vida é um tesouro.É em nome dessa extraordinária coincidência que nos permitiu andar por aqui como humanos que devemos dar o salto em frente e elevarmo-nos acima das circunstâncias da vida.
É esse o paradigma positivo com que devemos retribuir esse privilégio extraordinário que nos foi dado.

Acalentar o nosso Potencial interno

As pessoas dizem-me.«Estás sempre bem disposto.»
Não sou mais nem menos do que os outros.A diferença está na forma como desfruto este verdadeiro bailado de altos e baixos que é a vida.
Tento adoptar em qualquer circunstância um paradigma positivo em relação à vida.Onde uns vêem a adversidade eu vejo oportunidades.
Afinal não devemos limitarmo-nos a existir mas a acalentar a chama do potencial que TODOS TEMOS

Estranha forma de Fé.

Nos CTT,uma avó com a sua pequena neta com marcas recentes de varicela dizia à funcionária.«Graças a Deus!A minha neta já está melhor.Rezei para ela ficar boa».A neta interrompeu e disse:«Graças a Deus?Ó Avó,para começar foi Ele que me fez apanhar a varicela».Sorri...
Nos olhos vivos daquela criança vi claramente Deus,na sua inexistência,no seu precioso nada.Estranha Fé esta que quer Deus sempre do nosso lado..

Exercitar os musculos de pedir

Seguindo a máxima budista de que por cada flecha que acerta no alvo houve uma centena que falhou , decidi ultimamente dar mais exercício aos meus «músculos de pedir». Uma mesinha num local mais agradavel no restaurante,uma bola de gelado extra,uma cortesia no avião...E não é que pedir com convicção tem trazido resultados surpreendentes...Experimentem!

A segunda oportunidade

Imaginem que o presente é o passado,e que o passado ainda pode ser corrigido para melhor. Ou seja,mais do que viver como se hoje fosse o último dia,vivam como se estivessem a usufruir de uma segunda oportunidade de viver.
Se na primeira oportunidade desperdiçaram o mais importante da vida,nesta segunda oportunidade tudo pode ser diferente...

O Casamento - Uma perspectiva pessoal

No fundo, o tédio de que tantos casais se queixam é fruto de uma espécie de desidratação emocional.Para não entrar em conflito com o parceiro, e assim comprometer o já precário equilíbrio do casamento, as pessoas enveredam por um quotidiano morno, sem grandes novidades mas repleto de pequenas cismas.

Ler mais em :http://www.facebook.com/note.php?note_id=105174961926&ref=mf

Quem não sonha com uma feijoada...

A relação estável,de preferência monogâmica, não é a única forma de convivência entre os sexos, mas está sacramentada como a mais conveniente. Leis, religiões e a moral convencional estimulam o casamento.
Esse arranjo, no entanto, tem um aspecto muito realista, como as dietas alimentares.
O ideal para a saúde é a combinação de grelhados e saladas , mas sonha-se secretamente com a saciedade de uma bela feijoada.

As relações de base sensata

Recebi um convite para um casamento.
Mais um casamento fruto daquilo que apelido uma «relação de base sensata», onde se descurtina uma compatibilização de situações sócio profissionais e uma certa comunhão de gostos.
Mas não será a felicidade indissociável de estados fusionais e regressivos incompatíveis com o uso prático da razão?
Sempre achei estas «relações de base sensata» condenadas à monotonia...

Rebolar no lodo não ajuda a limpar

O remorso crónico e a auto culpabilização é um mal generalizado e um tipo de sentimento indesejável relativamente a factos do passado.
Sugiro que não se entreguem sob nenhum pretexto à meditação melancólica daquilo que pensam terem sido as vossas faltas.
Como alguém dizia , rebolar no lodo não é a melhor forma de alguém se lavar.

Seremos mutantes?

Enquanto via o filme X-Men em video o meu sobrinho perguntou ao pai se aqueles seres mutantes existiam na realidade. O pai respondeu: «Claro que não!». Pensei: «Como estás enganado.Claro que existem Mutantes.»
Que nome se pode dar ao processo pelo qual deixamos o nosso ser autêntico,transformando-nos no que não somos,aceitando convicções,juizos de valor,comportamentos induzidos pelo meio social em que vivemos?

Banerjee e o Mendigo

A.Banerjee indiano de Bombaim realizou o sonho de ser milionário.Para sua surpresa tal não o satisfez.Persistia em si um vazio inexplicável.
Um dia à chegada a casa um mendigo pediu-lhe esmola.Banerjee afastou-o.
O mendigo interpelou-o.«Porque estás aqui?»«Para onde vais?».
Banerjee sorriu e disse-lhe.Vem trabalhar para mim.Dou-te 100 x mais do que ganhas a mendigar só para me fazeres essas 2 perguntas todas as manhãs.

A Vida por uns binóculos

Sugestão:Pegue nuns binóculos.Olhe através dele mas usado ao contrário.Eis a perspectiva da vida quando somos mais jovens.A vida parece um futuro indefinidamente longo.
De seguida olhe através dos binóculos de modo normal.Eis a perspectiva da vida quando somos mais velhos.A vida parece um passado muito curto.
Só quando começamos a envelhecer é que começamos a perceber que a vida é muito curta.Valorize o momento.

O caos da vida interior

Enquanto ouvia pacientemente um amigo confessar que está cansado de si próprio,senti um alivio ao pensar que tudo aquilo que conseguimos comunicar aos outros é apenas uma selecção do todo psicológico ,habitualmente caótico,que corresponde à nossa vida interior.
No dia em que conseguirmos fazer um relato integral desse todo, exacto em termos de conteúdo e sequência,acabamos todos no manicómio.

O Monge e o Samurai

Um samurai desafiou um Monge exigindo saber onde ficava o Céu e o Inferno.O Monge perguntou quem era.«Sou o Chefe dos Samurais do Imperador».O Monge retorquiu que não podia ser pois tinha cara de mendigo.Furioso o samurai desembainhou a espada.
Quando o ia matar o Monge exclamou:«Abriram-se as portas do inferno».O samurai parou,sorriu e caiu aos pés do Monge em veneração. «Abriram-se as portas do céu» disse o Monge.

O desafio de nos mudármos a nós próprios

Cruzei-me há anos num aeroporto com um velho mestre muçulmano sufi do Bangladesh que me confessou o seguinte.
Quando era jovem pedia a Deus que lhe desse o poder de mudar o mundo.Mais tarde pedia a Deus para mudar os seus familiares e amigos.
Disse-me com um sorriso franco que constatara que não mudara nada nem ninguém.De seguida disse-me.
Agora rezo assim:«Meu Deus dá-me força para me mudar a mim mesmo.»

O caminho da serenidade

O caminho que conduz à serenidade e à paz tem o sentido inverso daquele que conduz ao culto da personalidade.
Só a renúncia às manhas do nosso ego é que pode trazer paz e alegria.
Não a alegria dos que se perdem no tumulto desta vida agitada e de um mundo que corrompe,mas sim a alegria dos que se conhecem a si próprios e guardam na consciência e no coração a certeza do dever cumprido.

A dignidade do Homem

O Homem é dos elementos mais efémeros e frágeis do Universo e basta uma gota de água para o matar.
Contudo o Homem tem uma vantagem inigualável no contexto do Universo. A capacidade de pensar.
Toda a dignidade do Homem consiste pois no pensar.
É neste principio e não na ideia de espaço e tempo que devemos sustentar a nossa existência.
Esforçemo-nos pois para PENSAR BEM.

O Pecado

Fui à missa católica rezada por memória do meu pai.
A homilia foi sobre a morte,e o mote do padre foi «só morremos se pecarmos».
Recordei de imediato as palavras de Nietzsche «O pecado…A ordem moral do mundo.Precisa-se de salvação.A noção de culpa e de castigo,incluindo nela a doutrina da redenção... inventaram-se para destruir no homem o sentido das causas.»

Carpe quê?

No ambiente prosaico de um WC público por onde hoje passei alguém gravou «Carpe Diem» numa porta à força de canivete.
Pois , pois «Carpe Diem» já diziam os romanos.
Mas a realidade é bem distinta.
Vivemos acorrentados ao contínuo e ininterrupto processo do vir-a-ser e a essa esperança alienante do amanhã.
Já Camões advertia nos Lusíadas «Naquela Ilha de Amores...só entra e fica liberto quem lá vive desde agora».

O tempo e a internet

Dominar o tempo é dominar a vida.O tempo esvai-se entre os dedos e são factos como este que relembram o seu valor.
Mote de reflexão:É demasiado fácil passar o tempo livre on line. Facebook,Twitter...
Será normal sentir ansiedade para ir ver as respectivas actualizações?
Quanto tempo livre passamos on line?
Não terá chegado o momento de uma dieta digital?

A vaidade nos dias que correm...

Basta ter estômago para passar a vista pela TV ou pelas revistas expostas nas bancas para percebermos que a vaidade hoje em dia é cada vez mais a tentativa de usurpar prematuramente a glória muito antes que esta seja merecida.

Trabalhar para o Ser e não para o Ter

Trabalhamos para o Ter e pouco para o Ser.
O resultado é a fadiga,o stress,causa de desiquilibrio individual e social.Perante essa fadiga,uns reagem sob a forma de hiperactividade e são admirados como aparentemente infatigáveis.
Outros ficam deprimidos ou hipoactivos e são censurados.
São ambas as faces da mesma moeda.Ambos estão em conflito interior.
O fundamental é pormo-nos antes de mais em ordem com nós próprios.

Sofrimento e sabedoria

Qualquer forma de insatisfação e sofrimento é um sinal que algo está mal na nossa vida.
É portanto um aviso.Mas também é uma benção pois avisa-nos que algo está mal e precisa ser corrigido.
É por isso que sofrimento e sabedoria andam associados.
Não pelo sofrimento em si mas pelo esforço que temos de fazer para o ultrapassar e pelas respostas que temos de encontrar em nós próprios para o ultrapassar.

Protagonismo e auto conhecimento

A ânsia de protagonismo que atinge tanta gente esconde uma profunda necessidade de mais auto conhecimento.
O problema é que na maior parte das vezes inverte-se o processo. Em vez de nos esforçarmos um pouco para nos conhecermos a nós próprios , desejamos que sejam os outros a conhecerem-nos.Mas isso é uma fantasia.
Quando muito podem fixar o nosso nome e conhecer vagamente os nossos ideais.

Aceitar os outros sem apegos

Devemos aceitar os outros como são sem sentir o desejo de os mudar de acordo com as nossas conveniências ou com as nossas ilusões do que é certo ou errado , sem posse e sem apego.
Esta aceitação envolve uma aproximação e um distanciamento.
Só quando abandonamos os apegos é que conseguimos relacionarmo-nos com todos.

Ser Crente não Basta

Perdoem-me os mais religiosos , mas ser crente é pouco.
Agarrarmo-nos apenas ao divino é perder individualidade.É preciso também Ser.Só nos cumprimos como seres humanos , como parte do universo,quando cada um de nós se assumir como é.
Quero com isto dizer que é a moral que se deve elevar ao estado de Consciência e não esta a submeter-se ao convencionalismo da moral.

Ciúme

Nas relações marcadas pelo ciúme , o medo de perder o outro induz um comportamento manipulador e controlador que cria a convicção ilusória que o outro não pode fugir.
As pessoas que padecem de ciúme acabam por nem perceber que na sua ânsia de controlar , são eles e não o outro , os principais reféns desse sentimento.

Aceitar a diferença

Relacionármo-nos é sobretudo aceitar a diferença , o carácter único do outro.
Entender que o outro não sou eu , não ter qualquer pretensão em transformar o outro no nosso alter ego é o caminho certo no sentido da compreensão , da amizade e do amor.

Fidelidade é Infidelidade ou vice versa?

Raramente a opção pela «Fidelidade» ou «Infidelidade» traduz um acto de fidelidade com o nosso ser.
Ou se foi fiel em respeito a convenções morais de origem exterior ao nosso ser quando ser-se «infiel» correspondia a uma necessidade do nosso ser, ou se foi infiel por incapacidade de controlar o impulso dos instintos básicos quando nada justificava tal opção.

A ilusão do Poder

Nenhuma corrente é mais forte que o seu elo mais fraco.Nenhum ser humano é mais forte que a sua maior fraqueza.
Não nos deixemos deslumbrar pelas nossas façanhas intelectuais,profissionais,sociais.
Não criemos ilusões em relação à nossa força e determinação.
Tenhamos sempre a honestidade de nos medirmos a nós próprios pela nossa maior fraqueza.

O itinerário da Via

Itinerário a seguir: Do «Somente eu» , passando por «Eu e os outros» até chegar a «os outros e eu».

Estou-me nas tintas para...

Que liberdade fantástica sentiríamos e que força teríamos se não pudessemos ser «comprados» pelo elogio ou ser derrotados pela crítica.Seríamos por fim capazes de praticar o «Estou-me nas tintas para...».

As Emoções - A tropa de choque da Mente

A mente sem rédeas envia a sua tropa de choque - as emoções - assumir o controlo do nosso ser , provocando o engano e orientando-nos como se fossemos marionetas.
O resultado é sempre o mesmo: Pensamos que vemos e não vemos o que pensamos...

A ilusão do «Para Sempre»

Relia Romeu e Julieta e parei nesta frase de Julieta no 2º Acto:«Good night!Parting is such sweet sorrow That I shall say goodnight till it be morrow».
Shakespeare era o arauto da Impermanência.
Os momentos de separação são sempre os mais profundos de uma relação.
Todas as relações terminam,nem que seja pela morte.Não há ilusão do «para sempre» e isso é libertador.
Aceitá-lo é tornar o nosso afecto incondicional.

Viver o Hoje

A aceitação da noção de que tudo é transitório e de que vida é um conjunto sucessivo de mortes e renascimentos desde o dia em que nascemos , que nada dura para sempre , permite-nos aceitar serenamente todas as mudanças na nossa vida,aumentando a nossa capacidade para trabalhar , fazer a paz , desfrutar do amor e das relações pessoais.
Vivemos na expectativa que um dia destes chegaremos ao tal «fomos felizes para sempre».
Vivemos como se tudo o que experimentamos fosse uma prova de vestuário.Agimos sempre em função dessa expectativa e esqueçemo-nos de viver para hoje.
Estamos sempre à espera que a tal vida começe.

As emoções DEPENDEM de nós

Todas as nossas emoções são compostas.
São o resultado de duas ou mais coisas que se juntam.
Quando pregos e madeira se juntam tornam-se uma mesa;quando folhas e água se juntam tornam-se chá; medo,devoção e um salvador tornam-se Deus.
Nada tem uma existência independente das suas partes.
Crer que as nossas emoções existem de forma independente fora da nossa capacidade de controle é o maior dos enganos.

Escapar do poder do Ego

Cada um vê o mundo em função de si e para si. Este «eu» ou «ego» físico e mental é uma espécie de polvo que tudo abrange com os seus tentáculos.
Tudo é catalogado em função do que ME agrada,ME desagrada,no que ME ameaça,no que ME frustrou.
As ciências descobriram estes condicionamentos mentais mas não forneceram os meios para lhes escapar.
Só com esta noção do poder do ego lhe podemos escapar e atingir a consciência

Vigiar as Emoções

As emoções estão na origem do sofrimento.De um modo ou de outro todas as emoções nascem do apego excessivo ao nosso eu.
Mas as emoções não fazem parte do nosso ser.
Surgem quando certas causas e condições se reúnem,como por ex. quando alguém nos critica.
No momento em que as aceitamos ficamos em efervescência.
Para eliminar a efervescência devemos desenvolver a consciência e aprender a vigiar as emoções.

Ser Feliz sem controlar

É um erro acreditar que o sofrimento só provém de sentimentos óbviamente negativos.
Tudo o que encerre imprevisibilidade e incerteza é também sofrimento.
Ora o Amor pode preencher-nos mas depende sempre de alguém,pelo que,por estarmos sempre dependentes do objecto do amor,não escapamos ao sofrimento,ainda que subtil causado por essa insegurança,esse medo de perder.
O ser humano só está 100% feliz quando CONTROLA!
Desde a infância que o nosso ser é moldado pelas opiniões da familia e amigos.É dificil saber se aquilo que vivemos (pessoal e profissional) corresponde ao nosso verdadeiro ser.A única forma de ter certezas sobre aquilo que somos e que queremos é termos a coragem de aceitar por em causa a nossa vida quando nos deparamos com certas situações.
É essa atitude perante a vida que vos trará as certezas.

Libertar as emoções negativas

A provocação gera raiva. Até podemos reagir com calma.Mas o que é que está por detrás dessa calma?
Ou está o planear de uma vingançazinha numa outra oportunidade,e estamos perante um calculismo a que alguns chamam racionalidade,ou aceitamos a raiva ,analisamos as circunstâncias em que ela surgiu , contextualizando-a,compassivos em relação a quem nos ofendeu,(sem que nos destruam),libertando-nos das emoções negativas.

Controlar os «Portões da Mente»

Os sentimentos negativos não existem de forma permanente no nosso espírito.
Ter a noção desta realidade é um primeiro passo para nos ajudar a evitar esse tipo de emoções.
Afinal só entra em nossa casa quem nós quisermos.
Com a mente devemos tentar fazer a mesma coisa.
Quando essas emoções chegam devemos restituí-las ao seu contexto e analisar as circunstâncias que as levaram a bater à nossa porta, e nada mais.

Evoluir da reacção para a acção

A Via que proponho é a evolução da reacção para a acção.
Ou identificamo-nos com as acções que vivemos e nos deixamos conduzir pelas emoções que geram e optamos por viver num estado de marionete ; ou pelo contrário, assumimo-nos como Agentes , ou seja como aqueles que agem com serenidade e não se deixam guiar pela emoção.
Serenidade não significa frieza,pois a acção consciente vem sempre acompanhada de um sentimento caloroso.

No acto de Viver não pode haver meio termo

A Via que proponho é rica em verdades de La Palice.
Diz-nos por ex. que ou vivemos um momento na sua plenitude ou simplesmente não o vivemos.Não há meio termo.
Raramente vivemos plenamente o que estamos a fazer ou viver num determinado momento.
A maior parte do tempo fazemos como quando estamos parados na fila do trânsito à hora de ponta.
Nesses momentos somos tudo menos quem ali está parado no meio do trânsito...

O farol do sofrimento

O sofrimento mental e afectivo que sentimos é um guia infalivel que nos indica se o que estamos a viver está certou ou errado.
Compreender o sentido dos acontecimentos da nossa vida permite apaziguar e ultrapassar a dor sentida.

Manifestar sentimentos de forma positiva

A forma como manifestamos o nosso desejo relativamente a algo ou alguém é ilegitimo se contribui para criar sentimentos ou emoções negativas como o ciúme, a inveja ou a cobiça.
Urge impor limites a este tipo de sentimentos e à convicção de que é no mundo exterior que satisfaremos a nossa necessidade de realizalção pessoal.

A ilusão da acção

Vivemos na ilusão que agimos , mas na verdade raramente o fazemos conscientemente.
A maior parte das nossas acções não passam de simples reacções a estímulos e choques que vêm de fora de nós , o que nos transforma em verdadeiras marionetas cujo comportamento é determinado pelo que , e por quem nos circunda.

Navegar no rio da Vida

Pensem na vida como um rio com as suas margens.
O prazer de um lado,a dor no outro.
A melhor maneira de descer o rio é permanecer no meio ,movendo-nos calmamente entre as duas margens.
Se nos aproximarmos demais de qualquer das margens abrandamos e encalhamos.
Demasiado prazer cria dependência,demasiada dor apaga a alegria de viver.

Rasgar a Máscara

Pretender ser o que não somos é viver sob tensão.
Tal atitude resulta da nossa insegurança interior,da obrigação que sentimos de usar uma «máscara» para sermos aceites no meio social e/ou profissional em que vivemos.
Esta atitude impede viver com serenidade e livres de qualquer tensão interna.
O apelo é pois que optemos por ser sempre nós mesmos.

Aceitação (2)

Ganhámos o hábito de viver recusando tudo o que nos amedronta ou desagrada.
Esta denegação da realidade provoca a distorção mental.Aceitar e aderir à realidade tal como ela é corresponde a um movimento do superficial para o profundo,de uma vida superficial para uma vida mais rica e mais próxima do nosso ser e do mundo que nos cerca.

Sermos nós próprios

Nunca poderemos ser mais do que aquilo que somos.
Vivemos esmagados por modelos sociais e comportamentais que nos são impostos pelo meio social em que vivemos e que decalcamos para nós próprios.
Mas quando tal acontece acabamos por ceder ao excesso de auto estima, à tentação da vaidade e à intolerância à crítica.

Aceitação (1)

Perante os acontecimentos a mente em estado bruto divide-nos.
Uma metade de nós aceita a evidência e diz «É» , a outra metade de nós tenta gritar mais alto e diz «NÃO PODE SER», e tenta negar a evidência.
A mente não cessa de estabelecer comparações entre aquilo que É e aquilo que ela acha que deveria ter sido.
É este confronto interior no nosso ser que provoca o sofrimento.

«Pensar Positivo»

«Pensar positivo».Quantas vezes ouvimos este conselho.
Reestruturar um acontecimento negativo de modo a que passe a positivo não é benéfico e pode criar estados de negação.
Devemos ACEITAR sem problemas os sentimentos negativos que afloram o nosso Eu. Ao aceitá-los libertamo-os e depois, quando chegar o momento,seguimos em frente.
A vida é para ser vivida pelos que estão vivos!

Os 30 minutos de «Platina»

Os 30 minutos depois do acordar são os «30 minutos de platina» pois assumem um importância enorme na qualidade das horas seguintes do dia.
Se conseguirem ter o autodominio suficiente para consagrarem esses 30 m iniciais a pensar em coisas agradáveis terão fortes possibilidades de ter um dia excelente.

Old habits die hard

Vivemos na busca de soluções imediatas.
A maior parte das pessoas desiste de operar mudanças ao fim de pouco tempo quando começa a sentir o stress da substituição dos velhos hábitos,da antiga forma de estar por comportamentos novos, quando na verdade são os hábitos que determinam em grande medida a qualidade de vida de cada um.
Contudo , se persistirmos na prática de um determinado hábito durante alguns minutos diários é possível constatar , ao fim de algum tempo,que os comportamentos que começámos a adoptar se começam a ajustar a nós como uma segunda pele.
O importante é persistir na prática todos os dias durante alguns minutos.O empenho e a dedicação são a chave do sucesso.
O resto são «curas» milagrosas...