terça-feira, 4 de agosto de 2009

De pequenino...

Esta manhã numa loja vi uma criança correr e dar uma cabeçada no balcão.Chorou.
A mãe para a consolar bateu no balcão a dizer «Feio fez mal à minha menina.» Fiquei perplexo!
O balcão estava ali,imóvel.
Aquela mãe perdeu a oportunidade de explicar à criança que fora ela a causadora.
Sem querer aquela mãe contribuiu para que a criança aprenda a recusar a realidade e a ficar dividida entre o seu mundo e o mundo como ele é

2 comentários:

  1. Não percebo, não sou mãe, mas sempre tenho lidado com crianças, muito particularmente a minha sobrinha, e de facto não gosto de criar uma redoma à volta das crianças e tentar que tenham consciência do mundo ao seu redor, especialmente que existem crianças que não podem ter o que ela tem.
    Mas acho que já fiz o mesmo que esta mãe, é uma forma subtil e quase inconsciente que temos de parar o sofrimento, o choro, é como dar beijinho no sítio onde dói para passar.
    Um vez entalei a minha sobrinha a fechar a porta do carro, chorou, e eu disse-lhe que não vi que ela ainda tinha lá com a mãozinha e que não foi de propósito, bem foi um chorar até a casa, quase que se ficava no choro!!!!!!!
    Agora que até já é maior e por acaso também no carro, magoou-se e bastante, eu resolvi começar a brincar a dizer que a porta era má e que lhe ia bater, começou a rir-se que nem uma perdida da minha figura a bater na porta.
    Luís provavelmente se eu tivesse feito o mesmo da primeira vez a coisa tinha sido mais pacifica e nem eu me tinha enervado tanto.

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  2. Excelente testemunho Sandra. Devemos evitar que as crianças vão a pouco e pouco abandonando a realidade tal como é em detrimento da realidade tal como a querem ver por ser a que mais lhes convém...

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