Um dia encontrei o meu «eu» e ele peguntou-me:«Por onde tens andado?»
Eu respondi:«Olha por aí,mas agora que te encontrei, deixa-me apenas estar e Ser,ser apenas eu».
O «Eu» abraçou-me, forte, consistente e deixou-me estar, sem nada cobrar.
Junto com a minha clarividência está a minha intuição,e juntas formam uma sintonia de melodias serenas que ecoam no meu coração.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
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Prospecção...
ResponderEliminarNão são pepitas de oiro que procuro.
Oiro dentro de mim, terra singela!
Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
O tesoiro sagrado
De nenhuma certeza,
Soterrado
Por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna
De me encontrar.
Poeta antes dos versos
E sede antes da fonte.
Puro como um deserto.
Inteiramente nu e descoberto.
Miguel Torga