quarta-feira, 31 de março de 2010

As coisas são como são , com ou sem o «Carpe Diem»

Ontem houve uma interessantíssima troca de opiniões no FaceBook sobre o sentido último da expressão «Carpe Diem».
Conforme referi a esse propósito , para mim «Carpe Diem» traduz a sabedoria de saber viver o momento , o Aqui e Agora , sem perdermos de vista que a felicidade verdadeira não é aquela que se esvai , mas sim aquela que perdura.
Ousar é importante mas não devemos perder de vista as consequências dos nossos actos , saboreando com intensidade o momento , mas , ao mesmo tempo , preparando o terreno em que continuaremos a caminhar.
Nesse medida , a exortação para viver cada momento por si mesmo, ou «como se fosse o último» pode , se indevidamente percepcionado , levar a estados de tensão ,ansiedade e angustia em vez de permitir que se ganhe efectivamente a liberdade de realmente viver cada momento.
Viver segundo a máxima «Carpe Diem» é pois uma arte que necessita de treino , não devendo ser somente uma ideia plantada na cabeça.
É pois importante que tiremos esta exortação ao «Carpe Diem» da cabeça e que vivamos cada momento por si mesmo: não é seu, nem meu.
As coisas são como são, para que colocar mais?
Á semelhança do que «acontece» a George Clonney num conhecido anúncio televisivo a uma marca de máquinas de café , podemos levar com um piano em cima ao passearmos na rua enquanto cantamos a nossa música favorita , de cabelos ao vento , em pose e com o sorriso de quem está bem com a Vida.
Por isso a única exortação que vale a pena meter na cabeça é que as coisas são mesmo como são , com ou sem o «Carpe Diem».

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