domingo, 21 de fevereiro de 2010

As relações como prática espiritual

É naqueles momentos de crise numa relação em que lhe apetece pura e simplesmente «explodir» e despejar toda a raiva em cima do seu parceiro , amigo ou familiar , que surge a melhor oportunidade de prática espiritual.
É que o que estava no inconsciente está a vir à superficie.
Sustente, a cada instante, o saber de cada momento, em especial o do seu estado interior.
Se houver raiva, saiba que é raiva. Se houver ciúme, um impulso para discutir, uma necessidade de ter sempre razão, uma criança interior reclamando amor e atenção, ou um sofrimento emocional de qualquer tipo, seja o que for, saiba a realidade do momento e sustente esse conhecimento.
As suas relações pessoais passam a ser a sua prática espiritual.
Se você notar um comportamento inconsciente no seu parceiro, dê-lhe o abraço amoroso do seu saber, evitando assim também uma reacção negativa da sua parte.
A inconsciência e o conhecimento não conseguem conviver por muito tempo, mesmo que o conhecimento esteja só com uma pessoa e a outra não tenha consciência do que está a fazer.
A forma da energia negativa que existe por trás da agressão e da hostilidade não tolera a presença do amor.
Quando reagimos á inconsciência do outro também ficamos inconscientes.
Mas se ficarmos atentos às suas reacções nada estará perdido.

3 comentários:

  1. Mas quando o amor "acabou" e a agressividade vem ao de cima, como aguentar os sucessivos ataques do "dito" companheiro? A ruptura é a única solução, embora envolta em sofrimento. Quando esse companheiro mais não faz do que permanentemente magoar e agredir os que se encontram à sua volta, então é chegada a hora de pôr termo àquilo que um dia foi um projecto. Quando esse companheiro está perturbado e rejeita tratamento, acompanhamento, etc... então que fazer? Ser humilhado? Permitir que tudo fique arrasado à sua passagem? E quando é chegada a hora de resolver o desfecho, aí sim, vamos conhecer mesmo quem é capaz de todas as corrupções para destruir ainda mais depressa qualquer expectativa de boa vontade em "terminar" com dignidade...é o "vale tudo", ofensa, roubo, etc... Nem sempre a nossa alma pacífica e plena de afecto é respeitada e é estratégia de apaziguamento. É muito complicado. Nunca se conhece verdadeiramente "o outro" senão nos momentos cruciais da vida, aqueles em que é necessário dar o nosso melhor...é muito difícil...

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  2. Crescer como a flor de lótus. Cresce linda no meio do esterco. No mais basta a consciência que fizemos o nosso melhor e toca a partir para outra sem permitir que o passado nos paralise.

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  3. Sim, é a melhor opção e, normalmente, quando a paz participa dela,consegue-se!

    À distância tudo se torna mais claro, mais fácil...

    Faz de conta que foi um pesadelo!
    Há sempre gente por perto para ajudar...

    E... o Sol voltará a brilhar, pois depois da tempestade, vem sempre a bonança! :)

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